Atualizado em 20/09/2022

Uso de inteligência artificial pelos tribunais faz parte do plano de trabalho definido no ENCO

Foto: Thiago Rios

A utilização de inteligência artificial na melhoria dos serviços prestados pelas ouvidorias e corregedorias dos tribunais de contas brasileiros é um dos itens do plano de trabalho definido durante o primeiro dia do Encontro Nacional das Corregedorias e Ouvidorias dos Tribunais de Contas de 2022 (ENCO). Sediado pelo TCEMG, o encontro começou nesta segunda-feira (19) e vai até a próxima quarta-feira (21).

O uso de inteliência artificial é um dos temas levados pelo Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte ao ENCO. Na quarta, último dia do evento, o auditor de Controle Externo Vinícius José Miranda Toscano de Brito Filho, Diretor de Informática do TCE/RN, apresenta o painel O uso da Inteligência Artificial e da tecnologia pela Ouvidoria do TCE/RN.

Esse projeto foi uma iniciativa do conselheiro Tarcísio Costa, atual Ouvidor do TCE-RN, que negociou junto à Universidade Federal do Rio Grande do Norte a cessão de uso do robô Kairós, sistema que utiliza a inteligência artificial atrelada ao gerenciamento de processos com a finalidade de qualificar ainda mais o serviço realizado no âmbito da Ouvidoria de Contas.

Ainda nesta terça-feira, segundo dia do Encontro, a consultora jurídica Andréa Rodrigues ministra o painel Padronização de fluxos processuais pela Corregedoria do TCE/RN. No primeiro dia, três reuniões marcaram o início do ENCO, que contou com a presença do presidente do Comitê Técnico das Corregedorias, Ouvidorias e Controle Social do Instituto Rui Barbosa (IRB), Gilberto Jales, conselheiro do TCE do Rio Grande do Norte. 

Segundo o presidente do Comitê, a modernização dos sistemas e o uso da tecnologia para aperfeiçoar os serviços prestados é um desafio para todos os tribunais brasileiros, “já que a sociedade tem cobrado uma resposta mais rápida e concreta das instituições”. De acordo com Gilberto Jales, existem experiências no uso deste tipo de tecnologia em alguns tribunais, mas que ainda são “preliminares”. Segundo ele, é justamente nestes encontros, como o ENCO, que os desafios são superados. 

“O grande segredo é a troca de experiências, inclusive de sistemas. Às vezes um tribunal desenvolve um certo sistema e coloca à disposição do Instituto Rui Barbosa. Essa tem sido uma ferramenta utilizada para suprir a necessidade até mesmo de investimentos em alguns casos. O que se faz nestes encontros? Mapeia-se estas experiências existentes e a importância delas serem compartilhadas”, pontuou o presidente do Comitê. 

Outras frentes de trabalho a serem desenvolvidas ainda este ano foram definidas ao longo do dia. Dentre elas, a difusão da cartilha de combate ao assédio moral e sexual dentro dos tribunais, bem como a integração das temáticas de controle interno dos tribunais na discussão, inter-relacionada com a atividade de corregedoria. Também foi definido a elaboração de planos de correição anual, baseados em mapeamento de riscos, além da aproximação das ouvidorias dos tribunais de contas com a população, através de estratégias de comunicação, como forma de tornar mais efetivo o controle social. 

Com informações da Assessoria de Comunicação do TCEMG